
Governadores de Minas e Rio Grande do Sul enfrentam alta na desaprovação e a fragilidade dos aliados na disputa estadual.
Os governadores Romeu Zema (Novo-MG) e Eduardo Leite (PSD-RS), nomes que surgem como possíveis presidenciáveis para 2026, enfrentam um cenário complicado em seus estados, com rejeição crescente e dificuldades em consolidar um sucessor competitivo para a próxima eleição estadual.
De acordo com a última pesquisa Genial/Quaest, divulgada na última sexta-feira (22), Zema e Leite viram suas taxas de desaprovação aumentarem consideravelmente, o que coloca em dúvida suas chances de levar adiante um projeto presidencial ou até mesmo garantir a continuidade de suas administrações.
Minas Gerais: Zema perde apoio e Mateus Simões enfrenta baixa popularidade
Em Minas Gerais, a queda na aprovação de Zema é visível. Enquanto o governador ainda mantém 55% de aprovação, sua rejeição subiu para 33%, uma queda significativa em relação a dezembro de 2024, quando 64% dos mineiros aprovavam sua gestão. Esse cenário reflete uma mudança no clima político do estado, em que a aprovação de Zema, que já foi maior, começa a cair constantemente.
Além disso, o governador enfrenta dificuldades em emplacar um sucessor, com o nome do Mateus Simões, candidato do Novo ao governo em 2026, com apenas 4% das intenções de voto. A liderança na pesquisa é de Cleitinho Azevedo (Republicanos), com 28%, seguido de Alexandre Kalil (sem partido) e Rodrigo Pacheco (PSD), com 16% e 9% respectivamente.
Essa situação reflete um problema mais amplo para Zema, que, apesar da sua popularidade pessoal, enfrenta uma dificuldade considerável em garantir um sucessor forte, o que pode prejudicar ainda mais suas chances de alavancar uma candidatura presidencial em 2026.
Rio Grande do Sul: Leite e a fragilidade dos aliados
A situação de Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, não é muito diferente. Embora ainda seja aprovado pela maioria do eleitorado, a rejeição ao seu governo subiu para 38%, um aumento significativo em relação a 33% de desaprovação registrado em fevereiro deste ano.
No campo sucessório, Leite também encontra dificuldades. O nome de Gabriel Souza, seu atual vice-governador e indicado pelo MDB, tem apenas 5% das intenções de voto, enquanto Juliana Brizola (PDT) e Tenente-Coronel Zuccco (PL) lideram a disputa com 21% e 20% das intenções, respectivamente. Isso coloca em xeque a capacidade do governador de garantir uma sequência política em seu estado, o que também coloca em risco a viabilidade de sua candidatura presidencial.
Cenário presidencial em aberto
Com o cenário estadual complicado para ambos, a trajetória de Zema e Leite rumo à presidência fica cada vez mais incerta. As dificuldades em garantir sucessores fortes e a crescente rejeição em seus estados comprometem a sustentação de suas candidaturas. Além disso, a falta de estrutura política e partidária robusta, essencial para uma campanha presidencial, torna o caminho para 2026 ainda mais desafiador.
Embora ambos ainda se apresentem como alternativas à direita para as eleições presidenciais, o quadro eleitoral de seus estados indica que dificilmente Zema e Leite conseguirão emplacar suas candidaturas, o que torna cada vez mais distante a possibilidade de um projeto presidencial bem-sucedido. A disputa pelo Planalto parece estar se tornando mais aberta, com outros nomes ganhando força à medida que o tempo passa.