Marco do governo Aécio, ProAcesso levou mais de 5 mil km de asfalto a Minas e tirou 219 cidades do isolamento

Lançado em 2004, pelo então governador Aécio Neves, programa estruturador eliminou gargalos históricos de acessibilidade no estado e virou referência de política pública em infraestrutura

Marco do governo Aécio, ProAcesso levou mais de 5 mil km de asfalto a Minas e tirou 219 cidades do isolamento
Arquivo pessoal
Aécio Neves

O ProAcesso, lançado em 2004 no primeiro mandato do então governador Aécio Neves (PSDB), consolidou-se como o maior programa de asfaltamento da história de Minas Gerais. Sob sua gestão, e posteriormente na continuidade dada por Antônio Anastasia, o estado pavimentou mais de 5 mil quilômetros de rodovias e conectou 219 cidades que até então viviam o isolamento das estradas de terra.

A concepção do programa nasceu dentro do chamado Choque de Gestão, projeto de modernização da máquina pública que estabeleceu metas claras e políticas de longo prazo. O ProAcesso foi estruturado como um projeto estruturador, voltado não apenas para abrir estradas, mas para reduzir desigualdades regionais e levar cidadania a municípios com baixo IDH, em especial nos Vales do Jequitinhonha, Mucuri, Rio Doce, Norte e Noroeste de Minas.

A escolha das cidades seguiu critérios sociais e de acessibilidade, e não apenas de retorno econômico imediato. Essa orientação fez do programa um marco de integração territorial, permitindo o escoamento da produção agrícola, encurtando distâncias, barateando fretes e, sobretudo, facilitando o acesso da população a hospitais, escolas e serviços básicos em cidades polo.

A execução exigiu engenharia financeira robusta, combinando recursos do Tesouro Estadual e financiamentos internacionais junto a organismos como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Japan Bank for International Cooperation (JBIC). O acesso a essas linhas de crédito foi apontado na época como demonstração da credibilidade fiscal de Minas, um dos pilares da gestão tucana.

O legado do ProAcesso vai além da infraestrutura física. Pesquisas acadêmicas mostram que, embora o impacto direto no PIB dos municípios seja limitado — já que o asfalto também trouxe maior concorrência para o comércio local —, os efeitos sociais foram consistentes: melhora no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), maior segurança nos deslocamentos e a superação de um isolamento que por décadas marcou comunidades inteiras.

Com a entrega das obras, surgiu o desafio de manutenção. Para isso, os novos trechos foram incorporados ao ProMG, programa de conservação rodoviária que buscou dar sustentabilidade ao investimento. Especialistas lembram que a continuidade das políticas de manutenção é essencial para que os ganhos sociais conquistados não se percam.

Vinte anos depois, o ProAcesso é lembrado como um divisor de águas na infraestrutura mineira. Sob a liderança de Aécio, Minas completou um ciclo histórico: colocar todas as suas cidades no mapa do asfalto. O programa tornou-se um símbolo do legado tucano no estado e referência nacional em integração territorial, mostrando como a infraestrutura pode ser usada como ferramenta de inclusão e desenvolvimento social.