Aécio diz que rejeição à polarização reforça espaço para o centro democrático

Pesquisa da Quaest mostra que 54% dos brasileiros rejeita a polarização entre Lula e Bolsonaro e abre brechas para o campo de centro nas eleições de 2026.

Aécio diz que rejeição à polarização reforça espaço para o centro democrático
Aécio Neves

O deputado federal e presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), Aécio Neves, afirmou que a rejeição crescente à polarização política no país abre espaço para o fortalecimento do centro democrático nas próximas eleições. A avaliação foi feita a partir da mais recente edição do Farol da Oposição, publicação do ITV que analisou dados de pesquisas nacionais sobre o comportamento do eleitorado brasileiro.

De acordo com o levantamento Quaest/More in Common citado pela publicação, 54% dos brasileiros não se identificam com a polarização entre o petismo e o bolsonarismo. O estudo ouviu 10 mil pessoas entre 22 de janeiro e 12 de fevereiro deste ano, com margem de erro de um ponto percentual. Apenas 11% dos entrevistados se declararam fortemente engajados em posições políticas, divididos de forma equilibrada entre os dois polos ideológicos.

Para Aécio, o resultado confirma o que ele classifica como uma mudança de rumo na percepção da sociedade. “A maioria dos brasileiros quer soluções reais, não disputas ideológicas. O centro democrático tem a responsabilidade de oferecer esse caminho”, afirmou o parlamentar.

A publicação destacou ainda que a atenção do eleitor tem se voltado para temas concretos do cotidiano, como o custo de vida, o acesso à saúde e à educação, e a geração de empregos. Segundo o Farol, a tendência de afastamento dos extremos também se reflete nas redes sociais: em 2018, 79% das discussões online estavam relacionadas à política, percentual que caiu para 43% em 2023, de acordo com a consultoria Ponto Map.

Aécio ressaltou que o Farol da Oposição tem buscado ampliar o debate sobre o papel das forças políticas de centro e sobre a necessidade de reconstrução de pontes no ambiente democrático. “O país está cansado do confronto permanente. É hora de reafirmar a política como instrumento de equilíbrio e de resultados para a população”, concluiu.