
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a ganhar destaque no cenário político nacional após sua atuação nos bastidores contra a Medida Provisória (MP) que elevava tributos como alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A movimentação, embora negada publicamente por ele, levou líderes do Centrão a enxergarem no paulista um nome cada vez mais competitivo para a Presidência da República em 2026. As informações são do site O Globo.
Durante a votação da MP, o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, agradeceu de forma enfática a Tarcísio, chamando-o de “gigante no diálogo com os presidentes de partidos de centro”. Segundo apuração de O Globo, o governador fez ligações diretas a líderes partidários para argumentar contra a medida, que traria cerca de R$ 17 bilhões em arrecadação adicional para o governo federal.
Interlocutores afirmaram que Tarcísio optou por não assumir publicamente a articulação, temendo a leitura de que estaria se afastando das pautas estaduais para se envolver em disputas nacionais. O governador teria ressaltado a importância do eleitorado paulista e a necessidade de preservar sua imagem como gestor focado em São Paulo.
O relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), chegou a comentar a atuação do governador contra a proposta. Em resposta, Tarcísio acusou o governo Lula (PT) de fazer um “vale-tudo eleitoral” e afirmou que seu foco segue sendo o estado de São Paulo.
Nos bastidores, porém, líderes do Centrão avaliam que o episódio consolidou Tarcísio como um dos nomes mais viáveis da direita para 2026. Sua postura — de atuar politicamente sem romper o discurso de gestor técnico — é vista como estratégia eficaz para se manter competitivo em um cenário nacional polarizado.