
Uma montagem envolvendo o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), viralizou nas redes sociais e reacendeu o debate sobre o uso de inteligência artificial nas eleições. Na imagem, o deputado aparece em um aeroporto carregando uma bolsa da marca Hermès avaliada em cerca de R$ 350 mil. Em outras versões, o acessório é trocado por uma bolsa da Prada.
A assessoria de Lira afirmou que o parlamentar “só trata de assuntos institucionais” e não comentou o caso. O episódio, contudo, acende um alerta sobre o impacto de conteúdos manipulados digitalmente no cenário eleitoral de 2026, quando o deputado deve disputar uma vaga ao Senado.
Especialistas e estrategistas políticos já apontam que o uso de imagens falsas e vídeos gerados por IA deve se intensificar nas próximas campanhas. Embora o Senado tenha aprovado, em 2024, o Marco Legal da Inteligência Artificial, o projeto segue parado na Câmara dos Deputados.
Por enquanto, o que existe é uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proíbe o uso de conteúdos “fabricados ou descontextualizados” com potencial de comprometer o equilíbrio das eleições — uma regra que será posta à prova diante da nova era digital da política brasileira.