O PSDB de São Paulo iniciou um processo de pacificação interna e reintegração de militantes que haviam sido afastados por apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) nas eleições municipais de 2024. A reconciliação foi formalizada no último sábado (1º), durante um encontro com cerca de 120 dirigentes partidários, entre eles lideranças históricas e representantes de diretórios zonais da capital.
O grupo é ligado ao ex-presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, que havia sido expulso do partido após apoiar Nunes em detrimento do então candidato oficial tucano, José Luiz Datena, cuja candidatura terminou com apenas 1,84% dos votos. Agora, Alfredo também pode ser reintegrado no processo de recomposição.
A iniciativa de reunificação foi conduzida pelo novo presidente do diretório paulistano, Luiz Oliveira, egresso da juventude tucana e aliado do presidente estadual da legenda, Paulo Serra, ex-prefeito de Santo André. Oliveira substitui o ex-senador José Aníbal, um dos principais nomes históricos do PSDB e desafeto de Alfredo.
Segundo dirigentes, o partido busca reconstruir sua base na capital e retomar protagonismo político em um cenário de reorganização no campo de centro-direita. A sigla afirma não apoiar oficialmente a gestão Nunes, mas mantém um diálogo aberto com o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Serra, por sua vez, se movimenta nos bastidores como pré-candidato ao governo de São Paulo em 2026, reforçando a tentativa de reposicionar o PSDB no cenário estadual.