
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a criticar duramente a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), afirmando que ela não aceita questionamentos e atua mais como porta-voz de uma agenda global do que como representante dos interesses da Amazônia.
Em entrevista ao programa Boa Noite, Amazônia, na Rede Onda Digital, Valério disse que a Marina Silva que conquistou respeito nos anos 1990 hoje se distancia da realidade do Brasil. “Ela não é mais aquela Marina que muita gente admirava. Hoje está comprometida com uma agenda global, elogiada internacionalmente, e não tolera quem ouse contestar”, afirmou o parlamentar.
Para o senador, a postura da ministra é uma “hipocrisia ambiental”. Segundo ele, Marina defende um modelo de preservação que só funciona em países desenvolvidos, citando como exemplo a Noruega, que financia o Fundo Amazônia enquanto explora petróleo e minérios em seu próprio território. “Ela prega um ambientalismo de primeiro mundo, o que é hipocrisia. A Noruega financia o Fundo Amazônia, mas explora alumínio no Pará e petróleo no Mar Ártico”, criticou.
Valério também questionou o posicionamento de Marina sobre os moradores da região amazônica, considerando preconceituosa a fala em que ela diz que não se pode “destruir uma floresta virgem para uma pessoa usar carro em estrada de terra”. “Ela mente ao chamar a floresta de virgem e ainda trata o morador local como se só quisesse passear de carro. Isso é preconceito”, disse.
O senador destacou que o maior desafio é romper estereótipos impostos de fora e garantir um modelo de desenvolvimento que respeite as populações tradicionais, além do direito de ir e vir dos moradores da região. “A narrativa ambiental hoje se sobrepõe à nossa realidade. Por isso eles precisam de porta-vozes internacionais, e a Marina se tornou esse instrumento”, completou.