Aécio critica rombo nas estatais e alerta para “destruição acelerada” sob Lula

Em nova edição do Farol da Oposição, tucano aponta prejuízo recorde de R$ 8,3 bi nas empresas públicas e responsabiliza PT por gestão ineficiente e inchaço da máquina

Aécio critica rombo nas estatais e alerta para “destruição acelerada” sob Lula
Jefferson Rudy/Agência Senado
Aécio Neves

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), voltou a criticar duramente a condução das empresas estatais pelo governo Lula. Em artigo publicado na edição mais recente do Farol da Oposição, boletim semanal do ITV, Aécio classificou a atual gestão como marcada pela “destruição acelerada” da máquina pública e pelo uso político do patrimônio estatal.

De acordo com dados citados na publicação, as estatais federais, estaduais e municipais – excluindo Petrobras, BNDES, Caixa e Banco do Brasil – acumularam um déficit de R$ 8,3 bilhões apenas nos sete primeiros meses de 2025, já superando o resultado negativo de todo o ano anterior. Só em julho, o prejuízo chegou a R$ 2,1 bilhões, o pior desempenho para o mês em quase três décadas.

Entre os exemplos mais preocupantes, Aécio destacou a situação dos Correios, que registraram um rombo de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre – valor superior a todo o déficit de 2024. Para o tucano, a crise da estatal postal simboliza a incapacidade do PT de gerir empresas públicas.

“As estatais existem para servir ao povo. Mas, com o PT, nunca é assim; elas servem ao partido. O resultado nós já conhecemos: o patrimônio dos brasileiros é torrado na fogueira da incompetência”, afirmou Aécio.

Além dos números das estatais, o boletim do ITV também chama atenção para o inchaço da máquina pública. Segundo levantamento citado, os gastos com servidores – ativos, aposentados e pensionistas – devem atingir R$ 1,7 trilhão em 2025, o equivalente a 13,5% do PIB, percentual muito acima da média de países da OCDE. O governo Lula ainda prevê a criação de quase 90 mil novas vagas em concursos nacionais no próximo ano.

O tucano lembrou que foi sob liderança do PSDB que surgiu, em 2015, a Lei das Estatais, marco legal que buscou estabelecer critérios de governança e blindar as companhias do uso político. Para ele, o atual cenário representa um retrocesso.

“É preciso vigilância da sociedade para que a escalada de irresponsabilidade não resulte em novos escândalos e mais quebradeira”, disse.

Com esse tom, Aécio reforça no Farol da Oposição a posição histórica do PSDB de defesa da responsabilidade fiscal e da boa gestão das empresas públicas, em contraste com o modelo petista, que, segundo ele, “traz mais gasto e menos resultado para a população”.