
Ex-governadores de Minas Gerais se manifestaram contra a portaria publicada pelo governo de Romeu Zema que autoriza o aluguel do Palácio da Liberdade para festas e eventos particulares, como casamentos e coquetéis, com valores de até R$ 60 mil.
Conforme a matéria publicada no site do O Globo, quatro ex-governadores assinaram e enviaram uma carta conjunta ao atual chefe do Executivo mineiro. São eles: Eduardo Azeredo, Aécio Neves, Antonio Anastasia e Fernando Pimentel. Eles expressaram uma “grave preocupação” com a medida.
Para eles, a iniciativa “macula as mais legítimas tradições de nossa história política” e “banaliza” um edifício que é o “mais icônico de Minas Gerais”. Na carta, eles argumentam que o Palácio da Liberdade, que foi sede do governo mineiro por mais de um século, é a “representação física da história política da Minas republicana” e um bem tombado pelo Patrimônio Histórico.
Os ex-governadores criticam o fato de o Palácio, que sempre serviu a eventos de “reconhecido caráter de interesse público”, agora se transformar em “cenário de exibição de interesses privados”, acessível apenas a “pessoas abastadas”.
O texto finaliza com um apelo respeitoso, solicitando a reflexão de Zema sobre as consequências da decisão e pedindo sua reversão, em nome da defesa da “singularidade” do Palácio da Liberdade e do “sentimento maior de mineiridade”.