
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou nesta quinta-feira (16) uma posição mais crítica do governo brasileiro em relação às prisões e perseguições de opositores na Venezuela. A declaração foi direcionada ao assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, após ele condenar a possibilidade de uma intervenção da CIA no país vizinho. As informações são do site Folha UOL.
“Ele tem razão ao dizer que é inconcebível um ataque militar ou uma ação secreta para derrubar um governo. Resta explicar como considera concebível prender ou expulsar opositores, impedir uma candidata de concorrer e fraudar eleições”, afirmou Aécio. “Afinal, qual o sentido da palavra ‘inconcebível’ para Celso Amorim?”, completou o parlamentar.
As críticas de Aécio foram uma reação à fala de Amorim sobre a recente revelação de que o governo Donald Trump autorizou a CIA a realizar operações secretas e letais na Venezuela para tentar derrubar o ditador Nicolás Maduro. O regime venezuelano reagiu à notícia acusando os Estados Unidos de “golpismo” e interferência política.
O deputado tucano, no entanto, destacou que a coerência democrática exige condenar tanto golpes externos quanto autoritarismos internos, e que o governo brasileiro não pode se calar diante das violações cometidas por Maduro.
“Não há democracia quando opositores são presos, candidatos são impedidos e eleições são manipuladas. O Brasil precisa defender princípios, não ditaduras”, concluiu Aécio.
Com informações do site Folha UOL.