
O Palácio do Planalto iniciou uma ofensiva política para reagir à derrota sofrida na Câmara dos Deputados com a rejeição da Medida Provisória 1303, que buscava alternativas ao aumento do IOF. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliados do Centrão perderam cargos em estatais e órgãos federais após parlamentares desses partidos votarem contra o governo.
Segundo a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a decisão faz parte de uma “reorganização da base”. “Estamos tirando dos cargos os indicados por deputados que votaram contra a MP. Quem votou contra optou por sair do governo”, afirmou em entrevista ao Estadão.
As demissões atingem nomes ligados a PP, União Brasil, PSD, MDB e PL, que ocupavam posições em instituições como Caixa Econômica Federal, Correios e Iphan, além de superintendências no Ministério da Agricultura, na Codevasf e no Dnit.
Embora o presidente da Caixa, Carlos Vieira, indicado por Arthur Lira (PP-AL), continue no cargo, assessores próximos, como José Trabulo Júnior, ligado ao senador Ciro Nogueira (PI), já foram exonerados.
O movimento sinaliza que o governo pretende recompor forças com partidos mais leais e testar o real alcance da influência do Centrão na corrida eleitoral de 2026.
As informações são do jornal Estadão.