A megaoperação de segurança no Rio de Janeiro marcada pela morte de mais de 120 pessoas e amplamente debatida no país impulsionou o governador Cláudio Castro (PL) a um novo patamar de visibilidade. Em menos de uma semana, ele quadruplicou o número de seguidores no Instagram, saltando de 464 mil para 2 milhões, e se consolidou como o segundo governador mais seguido do Brasil, atrás apenas de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que soma 5,5 milhões.
O crescimento expressivo aconteceu em meio à intensa repercussão da operação policial nas comunidades da Penha e do Alemão. Enquanto críticos classificaram a ação como uma “chacina”, aliados de Castro exaltaram a iniciativa como um “duro golpe contra o crime organizado”. Nas redes, o governador tem usado o episódio para reforçar a imagem de liderança firme e combativa, publicando vídeos e declarações em defesa das forças de segurança.
O avanço digital de Castro o coloca à frente de nomes tradicionais da política nacional, como Romeu Zema (Novo-MG), com 1,9 milhão de seguidores, Ronaldo Caiado (União-GO), com 1,7 milhão, Eduardo Leite (PSDB-RS), com 1,4 milhão, e Raquel Lyra (PSDB-PE), com 1,3 milhão.
Analistas políticos avaliam que a escalada de Castro nas redes sociais reflete o potencial eleitoral da pauta da segurança pública, que voltou ao centro do debate nacional após a crise no Rio. O episódio, que colocou o governador em confronto direto com o governo federal, também o transformou em uma das principais vozes da oposição a Lula dentro do campo conservador.
Com o novo fôlego digital, Cláudio Castro entra para o seleto grupo de governadores com projeção nacional nas redes, consolidando-se como peça estratégica da direita em 2026 e, ao que tudo indica, disposto a ocupar um espaço maior no tabuleiro político do país.