Levantamento da Quaest mostra polarização da disputa e reforça que a eleição está aberta.
A corrida pelo governo de Goiás em 2026 começa a ganhar contornos de polarização entre o atual vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Pesquisa Quaest, divulgada na última sexta-feira (22), aponta Daniel com 26% das intenções de voto e Marconi com 22%, em cenário de empate técnico, já que a margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais.
O dado chama atenção porque, mesmo fora de cargos eletivos desde 2018, Marconi ainda mantém um recall político expressivo. O tucano ocupa atualmente a presidência nacional do PSDB, mas não exerce mandato há sete anos. O fato de ainda aparecer praticamente empatado com o candidato da base governista mostra que seu nome segue competitivo no cenário estadual.
Máquina não garante vantagem
Daniel Vilela, além de vice-governador, é considerado o herdeiro político de Ronaldo Caiado (União Brasil), que deve apoiar sua candidatura ao Palácio das Esmeraldas. Ainda assim, a pesquisa indica que a força da máquina estadual não tem, por enquanto, se traduzido em vantagem clara. A diferença de quatro pontos entre Daniel e Marconi está dentro da margem de erro e reforça a leitura de que o eleitorado goiano está dividido.
Demais cenários
Atrás dos dois líderes aparecem Wilder Moraes (PL), com 10%, e a deputada Adriana Accorsi (PT), com 8%. O pré-candidato do Novo, Telêmaco Brandão, soma 1%. Os indecisos chegam a 14%, enquanto 19% dos entrevistados disseram que pretendem votar em branco, nulo ou não votar.
Disputa em aberto
O levantamento, contratado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 13 e 17 de agosto, ouviu 1.104 eleitores em todo o estado. O nível de confiança é de 95%.
Com dois nomes destacados à frente dos demais, a pesquisa indica que a disputa pelo governo goiano deve ser marcada pela polarização entre Daniel Vilela e Marconi Perillo, em um embate que tende a dominar o cenário político estadual até 2026.
Para Marconi, os números mostram que, mesmo fora da vida parlamentar há anos, seu legado político e a experiência como ex-governador ainda lhe conferem relevância eleitoral. Já para Daniel, o desafio será converter o apoio da máquina estadual em maior densidade de votos, algo que, até o momento, não lhe garantiu distância confortável do principal adversário.