
O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, se filiou ao PDT nesta quarta-feira (15) em um ato discreto realizado em Brasília (DF). O evento, que marcou a quarta troca de partido na trajetória do ex-prefeito, reuniu pouco mais de 30 pessoas e teve presença limitada de lideranças mineiras. As informações são do site O Fator.
A cerimônia foi conduzida pelo presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, que chamou Kalil de “próximo governador de Minas Gerais”, apesar do clima de esvaziamento político e das incertezas sobre o papel que o novo filiado exercerá nas eleições de 2026.
A delegação mineira contou apenas com os deputados federais Mário Heringer, presidente estadual do partido, e Duda Salabert, além da dirigente nacional Sirley Soalheiro. O presidente municipal do PDT em Belo Horizonte, vereador Bruno Miranda, não compareceu e enviou apenas uma carta de saudação. A bancada pedetista na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) também não participou do evento.
Em seu discurso, Kalil voltou a criticar o governador Romeu Zema (Novo), com quem mantém embates desde a eleição de 2022. “Minas Gerais está nas mãos de um governador que come banana com casca”, ironizou.
Apesar de setores do PDT defenderem o nome do ex-prefeito para o governo de Minas, o presidente estadual da sigla, Mário Heringer, afirmou que ainda não há definição sobre o cargo que Kalil poderá disputar. “Pode ser candidato a governador, senador, deputado… Vai depender do nosso acordo interno. Não há condicionamento”, disse em entrevista a O Fator.
Kalil disputou o governo estadual em 2022 pelo PSD, mas foi derrotado por Zema no primeiro turno. Antes disso, elegeu-se prefeito de Belo Horizonte em 2016 pelo PHS, partido que o projetou politicamente.
Atualmente, o ex-prefeito enfrenta condenação por improbidade administrativa, com suspensão dos direitos políticos por cinco anos. A sentença, em primeira instância, aponta descumprimento de ordem judicial para reabertura de vias públicas no bairro Mangabeiras III, na capital mineira. Ele ainda pode recorrer da decisão.
A filiação ao PDT ocorre num momento em que Kalil tenta reconstruir sua base política, mas o evento esvaziado evidenciou sinais de isolamento e perda de força regional, inclusive entre antigos aliados.