Flávio Bolsonaro arrecada R$ 1 milhão para famílias de policiais mortos no Rio

Iniciativa do senador mobiliza milhares de doadores após megaoperação que deixou quatro agentes mortos nas comunidades da Penha e do Alemão

Flávio Bolsonaro arrecada R$ 1 milhão para famílias de policiais mortos no Rio
Divulgação/Polícia Militar

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lançou neste domingo (2) uma campanha de arrecadação online que ultrapassou R$ 1 milhão em menos de 24 horas para ajudar as famílias dos quatro policiais mortos durante a megaoperação nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro a mais letal da história do país.

Com mais de 18 mil doações, a “vaquinha solidária” foi criada em homenagem aos agentes que perderam a vida em confronto com o crime organizado. Na descrição da campanha, Flávio escreveu que os policiais “morreram lutando pela liberdade de cidadãos oprimidos por facções violentas e sanguinárias”.

Entre as vítimas estão os sargentos Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, e Heber Carvalho da Fonseca, 39, ambos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O Bope divulgou notas de pesar exaltando o compromisso e a coragem dos colegas. Serafim deixa esposa e uma filha; Fonseca, esposa, dois filhos e um enteado.

Os outros dois mortos eram policiais civis: Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, 51, conhecido como Máskara, e Rodrigo Velloso Cabral, 34, lotado na 39ª Delegacia da Pavuna.

A campanha, segundo o senador, destinará 100% dos recursos arrecadados às famílias das vítimas, com prestação de contas pública. “As famílias agora enfrentam não só a dor da perda, mas também as dificuldades de seguir sem seus provedores”, diz a página oficial da iniciativa.

A megaoperação, que deixou mais de 120 mortos, segue sendo alvo de debate entre autoridades, com o STF cobrando explicações do governo do Rio sobre a condução da ação e o número elevado de vítimas. Enquanto o governador Cláudio Castro (PL) defende a legalidade da operação, parlamentares da esquerda classificam o episódio como uma “chacina de Estado”.

Em meio à polarização, a arrecadação liderada por Flávio Bolsonaro simboliza a mobilização de parte da sociedade em defesa dos agentes de segurança e reforça o embate narrativo sobre o papel do Estado no combate ao crime.