A mais recente pesquisa do Instituto Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (21), revelou que a maioria dos brasileiros concorda com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o levantamento, 55% dos entrevistados consideram justa a medida imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o ex-presidente descumprir as regras estabelecidas pelo ministro Alexandre de Moraes. O estudo também indicou que 39% dos entrevistados acham a prisão injusta e 6% não souberam ou não responderam à questão.
Provocação deliberada ou erro de interpretação?
Quando questionados sobre o motivo de Bolsonaro ter participado de uma chamada de vídeo, que foi exibida em um evento bolsonarista e violou as determinações judiciais, a maioria dos entrevistados, 57%, acredita que o ex-presidente quis provocar Alexandre de Moraes de propósito. Já 30% consideraram que Bolsonaro não compreendeu corretamente as regras impostas, com 13% não sabendo ou não respondendo à questão.
A participação de Bolsonaro na tentativa de golpe
A pesquisa também levantou a opinião dos brasileiros sobre a participação de Bolsonaro na tentativa de golpe em 2022. 52% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente estava envolvido no planejamento do golpe, enquanto 36% discordam e 10% não souberam ou não responderam. Apenas 2% dos entrevistados afirmaram que não houve tentativa de golpe.
A prisão e a percepção pública
O levantamento também revelou que a maioria da população brasileira, ou seja, 84%, já estava ciente da prisão domiciliar de Bolsonaro. Apenas 16% dos entrevistados afirmaram que ficaram sabendo recentemente sobre a medida, o que reforça a relevância política do tema no cenário atual.
Conclusão
A pesquisa Genial/Quaest apresenta um cenário de apoio crescente à decisão do STF, com grande parte da população acreditando que Bolsonaro estava envolvido em um golpe contra a democracia brasileira. O desrespeito às regras judiciais e a tentativa de provocar o Supremo Tribunal Federal indicam que o ex-presidente ainda tem que responder por suas ações, e o apoio à sua prisão pode ser um reflexo da percepção pública de que ele deveria ser responsabilizado pelas tentativas de desestabilizar a democracia.