O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai julgar na próxima terça-feira (4) duas ações que podem resultar na cassação e inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A decisão da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, acendeu o alerta entre aliados do governador e dentro do próprio PL.
As ações investigam um suposto esquema de “folha de pagamento secreta” criada durante a gestão de Castro, que teria incluído 45 mil pessoas em cargos temporários no Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos) e na Uerj, entre elas cabos eleitorais e aliados políticos. O caso veio à tona em 2022, revelando indícios de uso político de recursos públicos.
Aliados de Castro consideram a movimentação do TSE “política” e alegam que o julgamento ocorre em meio à crise de segurança no Rio, intensificada após a megaoperação que deixou mais de 120 mortos e colocou o governador em rota de colisão com o governo federal. “O TSE pode ser um tribunal político, mas não pode ser um braço do governo Lula”, afirmou uma fonte próxima ao Palácio Guanabara.
Nos bastidores, ministros da Corte preveem um placar apertado, e a decisão deve ter impacto direto no cenário político de 2026, podendo encerrar a carreira de um dos principais nomes da direita fluminense.