Líder do PL desafia Lula e diz que Pacheco seria “melhor para o Congresso” no STF

Deputado Sóstenes Cavalcante afirma que o senador mineiro teria mais diálogo com o Parlamento do que Jorge Messias, favorito de Lula para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso.

Líder do PL desafia Lula e diz que Pacheco seria “melhor para o Congresso” no STF

A disputa pela vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso já provoca movimentação nos bastidores de Brasília. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) seria uma escolha “melhor para o Congresso” do que o atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, principal nome cotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Para o Parlamento, é melhor Pacheco. Ele tem relações, é senador e já foi deputado”, declarou o parlamentar à coluna do Metrópoles, defendendo o perfil político e de diálogo do senador mineiro, que presidiu o Senado entre 2021 e 2025.

Integrante da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes também comentou a resistência da bancada à indicação de Messias, que, embora seja evangélico, é próximo ao PT. “Evangélico de esquerda que não tem interlocução não vai agradar à frente evangélica”, avaliou.

Apesar das críticas, Jorge Messias segue como o favorito dentro do governo, sustentado pela confiança direta de Lula e pelo apoio de ministros próximos ao presidente.

Já Rodrigo Pacheco é citado nos bastidores como alternativa que agrada a parte do Congresso e a ministros influentes do Supremo, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que vem articulando apoio em torno de seu nome.

Há ainda uma terceira opção em análise: o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, considerado por alguns aliados do Planalto como um nome mais técnico e de menor desgaste político.

Com a aposentadoria de Barroso, Lula fará sua terceira indicação ao STF, num momento de forte exposição do Judiciário e de debates sobre o equilíbrio entre independência institucional e afinidades políticas.

As informações são do Metrópoles.