
Em meio à intensificação das tensões geopolíticas envolvendo a Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou publicamente sua postura de defesa do ditador Nicolás Maduro. Em um congresso do Partido Comunista do Brasil (PC do B) em Brasília, Lula evitou qualquer crítica ao autoritarismo venezuelano, concentrando-se na defesa da soberania.
“O Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil,” afirmou o presidente, enfatizando que “o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba.”
A informação sobre as declarações do presidente foi originalmente divulgada pelo site O Antagonista.
PT Lidera a Condenação aos EUA
O posicionamento de Lula segue a linha de apoio incondicional adotada por seu partido. Horas antes da fala do presidente, o Partido dos Trabalhadores (PT) havia emitido uma nota oficial condenando veementemente o governo dos Estados Unidos, em reação à recente revelação de que a gestão de Donald Trump autorizou operações secretas da CIA no território venezuelano.
O PT classificou as ações de Washington como uma “afronta à soberania” e uma “iniciativa inaceitável e deplorável”.
A legenda também tem sido a principal defensora de Maduro no Brasil, celebrando publicamente a polêmica “farsa eleitoral” que o manteve no poder em 2024 e assinando resoluções no Foro de São Paulo que reconhecem a contestada “vitória”, ignorando as prisões de opositores e a proibição de candidaturas.
O discurso de Lula, focado na “não ingerência”, mantém o governo federal em silêncio sobre as graves violações democráticas internas, enquanto direciona toda a condenação à interferência externa.