
Presidente afirma que eleição de 2026 será polarizada e diz que só disputará se estiver “100% de saúde, de cabeça e fisicamente”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta quinta-feira (28) que pode abrir mão da reeleição em 2026 caso não esteja em boas condições de saúde. Aos 79 anos — ele completará 80 em outubro —, Lula afirmou em entrevista à TV Record que sua candidatura dependerá de estar “100% de saúde, de cabeça e fisicamente”.
“A condição para que eu saia candidato é eu estar 100% de saúde, de cabeça e fisicamente. Se eu não estiver, não sou candidato”, disse o presidente, ao ser questionado sobre a disputa do próximo ano.
Polarização e ausência de terceira via
Ao falar sobre o cenário eleitoral, Lula afirmou que não vê espaço para uma terceira via em 2026. Para ele, as eleições no Brasil seguirão a lógica da polarização entre dois grandes campos políticos.
“As eleições vão ser polarizadas e é bom. Sabe por quê? Porque no mundo inteiro, quando tem dois candidatos, ela é polarizada. Então, vamos disputar”, afirmou. O presidente reforçou: “Não vai ter espaço para uma terceira via. Ou seja, as pessoas vão ter que escolher o lado em que vão estar”.
Direita fragmentada
Lula também comentou o grande número de nomes cotados na direita para disputar a Presidência, entre eles os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). Para o petista, quanto mais candidatos, melhor.
“Quanto mais eles tiverem candidatos, melhor. O Brasil precisa de muitos candidatos. Jamais eu pedirei para um presidente de um partido para não lançar candidato. Porque eu só sou presidente porque eu teimei, eu fui candidato. Então eles que saiam candidatos. Eles precisam virar liderança nacional”, disse.
Um olho em 2026, outro na sucessão
Embora tenha sinalizado disposição em disputar, a fala de Lula de que sua candidatura dependerá da saúde reacende o debate sobre a sucessão dentro do PT. A possibilidade de o partido ter de escolher um novo nome em 2026 não é descartada por aliados, em um cenário em que a polarização, apontada pelo próprio presidente, deve continuar a definir o rumo da disputa.