
Ex-governador diz que Goiás retrocedeu na gestão hospitalar e que falta de investimentos tem prejudicado famílias em todo o estado.
O ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, fez duras críticas à gestão de Ronaldo Caiado (União Brasil) pela situação da saúde pública no estado. Em vídeo publicado nas redes sociais, Marconi afirmou que famílias goianas voltaram a enfrentar dias de espera por leitos de UTI e que pacientes estão sendo obrigados a ocupar corredores de hospitais — cenário que ele classificou como retrocesso.
“Quando governamos, o interior passou a contar com hospitais regionais que garantiam atendimento perto de casa. Criamos uma rede de saúde para descentralizar a assistência da capital e levar qualidade a todo o estado. Sem continuidade, os pacientes retornaram aos corredores. Mas saúde é urgência e não pode esperar”, disse Perillo.
O tucano acusou Caiado de não dar continuidade às políticas públicas implementadas em seus governos e de negligenciar investimentos no setor, o que teria levado ao enfraquecimento da rede hospitalar estadual.
Pressão sobre a base governista
As críticas acontecem em meio ao aquecimento do cenário eleitoral. Pesquisa Quaest, divulgada no último dia 22, mostra que o vice-governador Daniel Vilela (MDB), herdeiro político natural de Caiado, aparece com 26% das intenções de voto para o governo em 2026. Em seguida vem Marconi Perillo, com 22%. Ambos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.
O dado chama atenção porque Marconi está há sete anos sem exercer mandato eletivo, mas ainda assim surge em posição de destaque, praticamente empatado com o nome apoiado pela máquina estadual. Esse equilíbrio pressiona a base governista, que precisa sustentar a candidatura de Daniel em um contexto de insatisfação crescente com a gestão Caiado, especialmente em áreas sensíveis como a saúde pública.
O quadro reforça que a eleição em Goiás tende a ser disputada e que a oposição liderada por Marconi pode ganhar tração ao explorar falhas da atual administração.