O MDB está intensificando suas articulações para trazer o senador Rodrigo Pacheco de volta aos seus quadros, com uma estratégia focada no histórico de Pacheco dentro da legenda e no alinhamento político atual. Em meio a uma disputa acirrada com o PSB e o PSD, que também tentam atrair o parlamentar, o MDB aposta em sua conexão com o ex-presidente do Senado, que começou sua carreira política no partido e foi eleito deputado federal pelo MDB em 2014.
A principal argumentação do MDB para reconquistar Pacheco é o vínculo histórico com a legenda, que pode facilitar sua trajetória política, sem os obstáculos internos que o PSD enfrenta atualmente. Pacheco tem uma relação estreita com figuras do MDB, como o deputado Baleia Rossi, presidente nacional da sigla, e com a base política mineira. Além disso, o alinhamento do MDB com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em comparação com o PSD, pode ser outro fator relevante na decisão do senador.
A movimentação ganhou força após o evento do PSD em Minas Gerais, no dia 15 de setembro, evidenciar a divisão interna do partido. De um lado, há a candidatura de Pacheco ao governo de Minas, e do outro, a possível filiação do vice-governador Mateus Simões, hoje no Novo, que já é visto como uma opção de apoio à direita. A disputa por Pacheco está se intensificando, com pressão crescente de partidos que enxergam a indecisão do senador como uma janela de oportunidade.
O cenário é observado com atenção pelo Palácio do Planalto, que gostaria de contar com Pacheco como candidato em Minas Gerais para fortalecer seu palanque político nas eleições de 2026, especialmente diante da possibilidade de uma reeleição do presidente Lula. Ao mesmo tempo, o PSD está se aproximando do apoio à candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o que complica o cenário político de Pacheco dentro do partido.
Apesar das especulações, Pacheco mantém a sua posição cautelosa, enfatizando sua lealdade ao PSD, com o qual tem uma relação de longo prazo. Ele também critica a antecipação das articulações eleitorais e reafirma que está focado nas questões urgentes do país, sem decisões precipitadas quanto à sua mudança de legenda ou candidatura.
Com o cenário político de Minas Gerais e do Brasil em constante evolução, a movimentação em torno de Pacheco promete ser um dos principais focos das articulações políticas de 2026, com potencial para redefinir alianças e fortalecer ou enfraquecer candidaturas em ambos os espectros ideológicos.