Michelle assume protagonismo no 7 de Setembro na Paulista

Ex-primeira-dama deve ser principal atração do ato organizado por Silas Malafaia; presença de governadores reforça peso político da mobilização.

Michelle assume protagonismo no 7 de Setembro na Paulista
Divulgação/Estadão Conteúdo/ND
Michele Bolsonaro

O 7 de Setembro deste ano promete ser marcado por um cenário inédito: pela primeira vez desde que as manifestações de rua se consolidaram como vitrine da direita, o ex-presidente Jair Bolsonaro não estará presente na Avenida Paulista. Em prisão domiciliar há um mês, em Brasília, ele cederá espaço à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que deve assumir papel de destaque no ato organizado pelo pastor Silas Malafaia.

Segundo a organização, a expectativa é que Michelle seja a principal representante da família no evento. A assessoria da ex-primeira-dama confirmou a previsão, embora tenha ponderado que a decisão final dependerá do estado de saúde do marido. Mesmo com essa ressalva, aliados dão como certa sua participação, interpretada como um movimento para reforçar sua projeção política em um momento de fragilidade de Bolsonaro.

Além de Michelle e Malafaia, a manifestação contará com a presença de lideranças da direita que buscam consolidar espaço no tabuleiro nacional. Estão confirmados os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), nomes frequentemente citados como potenciais candidatos à Presidência em 2026.

A participação dos filhos de Bolsonaro, por outro lado, ainda é incerta. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deverá estar em ato no Rio de Janeiro, enquanto o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) tem compromissos em Santa Catarina.

Michelle não participou das duas últimas mobilizações organizadas por Malafaia na Paulista, em junho e julho, quando estava em agendas do PL Mulher, sigla da qual é presidente. Caso compareça neste 7 de Setembro, será a primeira vez que ocupará sozinha o centro da cena política em uma manifestação de rua papel que pode redefinir seu peso dentro da direita e dentro do próprio bolsonarismo.