Pacheco se firma no PSD e dá recado à extrema direita em Minas

Senador reafirma lealdade ao partido e reforça críticas a ideais golpistas, enquanto PSD se prepara para definir candidato ao governo em 2026

Pacheco se firma no PSD e dá recado à extrema direita em Minas
Lula Marques/Agência Brasil
Senador Pacheco

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) confirmou nesta segunda-feira (1/9) que permanece no PSD, afastando rumores sobre uma possível mudança de partido em meio à indefinição da legenda sobre quem será o candidato ao governo de Minas em 2026. Em nota, Pacheco reafirmou sua lealdade à legenda e criticou a postura da extrema direita, destacando a importância de manter os princípios da social-democracia e a confiança do eleitorado.

“Vejo a disputa partidária se sobrepor aos interesses das pessoas. Da minha parte, continuarei trabalhando com foco nas questões mais urgentes e sem nenhuma intenção de mudança, seja das minhas convicções ou de legenda partidária”, disse o senador, lembrando sua trajetória no PSD e a presidência do Senado.

Pacheco se consolida como o nome preferido de Lula para disputar Minas, repetindo a estratégia da dobradinha PT-PSD usada em 2022, que levou Alexandre Kalil ao Executivo estadual e Alexandre Silveira ao Senado. Apesar do alinhamento nacional com o governo federal, o PSD mantém uma postura fisiológica na Assembleia Legislativa, articulando apoios tanto a Romeu Zema (Novo) quanto ao vice-governador Mateus Simões, que mira a candidatura ao governo.

A decisão sobre o candidato do PSD será tomada na convenção estadual marcada para 15 de setembro, com o duelo entre Pacheco e Simões. Enquanto isso, o senador mantém presença ativa em eventos do governo federal em Minas, adotando posição firme contra ameaças às instituições e reforçando críticas a apoiadores antidemocráticos de Jair Bolsonaro.

Ex-presidente do Senado e senador desde 2018, Pacheco também mantém interesse em uma futura indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso haja aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso e o presidente Lula opte por seu nome.