
O papa Leão XIV prestou homenagem, neste domingo (14), à missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada em 2005 por sua atuação em defesa da Amazônia e de comunidades camponesas no Pará. A cerimônia aconteceu na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, durante celebração dedicada aos “novos mártires e testemunhas da fé” do século XXI.
Em sua fala, o pontífice destacou a coragem da freira, que viveu quatro décadas no Brasil:
“Penso na força evangélica da irmã Dorothy Stang, empenhada na causa dos sem-terra na Amazônia. Quando aqueles que se preparavam para matá-la lhe perguntaram se estava armada, ela mostrou a Bíblia e respondeu: ‘Esta é a minha única arma’”.
Dorothy tinha 73 anos quando foi morta a tiros em uma emboscada em Anapu, no sudoeste do Pará. Reconhecida pelo engajamento na defesa de projetos sustentáveis e pela denúncia de ameaças de madeireiros e fazendeiros, a missionária não recebeu proteção mesmo após anos de perseguição. Segundo as investigações, o crime foi encomendado por fazendeiros locais e executado por pistoleiros contratados.
A lembrança feita pelo papa reforça o impacto internacional da trajetória de Dorothy Stang, símbolo da resistência social e ambiental na Amazônia e reconhecida como mártir pela Igreja Católica.