
Enquanto a Casa de Juscelino Kubitschek completa 40 anos, problemas estruturais e falta de recursos ameaçam a preservação do legado do presidente mineiro.
A Casa-Museu de Juscelino Kubitschek, em Diamantina, celebra 40 anos de abertura ao público, mas enfrenta grave risco de abandono. Construção histórica de mais de 100 anos, onde JK passou a infância e adolescência, o imóvel já apresenta vigas deterioradas, infiltrações e rachaduras.
Segundo o diretor da instituição, Serafim Jardim, de 90 anos, o governo de Romeu Zema deixou de repassar recursos essenciais, diferentemente de gestões anteriores. “Chegamos a um ponto que não dá mais”, afirma Serafim, que mantém a casa apenas com ingressos e doações limitadas, sem verba para obras de reparo.
O espaço reúne acervo histórico único: biblioteca pessoal, fotos, manuscritos e até o avental de médico usado por JK. Mas a estrutura física está comprometida, com problemas graves no telhado e paredes, ameaçando o legado cultural de Minas e do Brasil.
A Prefeitura de Diamantina estuda formas de ajudar, e os deputados Aécio Neves e Paulo Abi-Ackel (PSDB) se mostraram dispostos a mobilizar recursos e parceiros da iniciativa privada para preservar o patrimônio.
Em nota, a Secretaria de Cultura de MG citou pendências na prestação de contas desde 2018, mas Serafim garante ter todos os documentos. Enquanto isso, a Casa-Museu depende de apoio privado para não entrar em colapso, e o abandono do patrimônio histórico evidencia a falta de compromisso do governo Zema com a cultura mineira.
O alerta é claro: sem ação imediata, o legado de JK, símbolo de modernização e desenvolvimento, corre risco de desaparecer.