
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a criticar a exclusão do Amazonas na primeira etapa de distribuição do exame de DNA-HPV pelo SUS, medida que visa substituir gradualmente o Papanicolau no rastreamento do câncer de colo de útero.
Em ofício enviado ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, Plínio classificou a situação como “discriminação odiosa, absurda e injustificável”, ressaltando que, no Amazonas, uma mulher morre a cada dois dias por câncer de colo de útero. O parlamentar solicitou a correção imediata do erro para garantir que as amazonenses tenham acesso ao exame, especialmente diante das enormes distâncias e dificuldades de transporte enfrentadas no estado.
Durante discurso no Senado, Plínio afirmou:
“Não adianta querer nos tornar invisíveis. O Amazonas não é, e não será invisível. Esse tipo de discriminação, somado às questões ambientais e ao descaso do governo federal, ignora direitos fundamentais garantidos pela Constituição.”
O senador também relembrou sua atuação parlamentar: é autor do projeto que obriga o rastreamento do câncer de mama pelo SUS a partir dos 40 anos, ao contrário do limite de 50 anos defendido pelo governo, e destinou recursos de suas emendas para a construção do Cepcolu, unidade de prevenção do câncer de colo de útero na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon).
Plínio criticou duramente a postura do governo federal, acusando negligência:
“Enquanto aprovamos medidas para salvar milhares de vidas, o governo trata a prevenção como despesa e ignora o direito à saúde das mulheres do Amazonas. Isso beira o crime.”
A denúncia reforça a urgência de medidas para corrigir a exclusão do estado e garantir que programas de rastreamento do câncer alcancem todas as regiões do Brasil, sem discriminação.