
As movimentações partidárias em Minas Gerais continuam intensas. Com a possível ida do vice-governador Mateus Simões (Novo) para o PSD, cresce a especulação sobre o futuro do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Ambos estariam sendo cortejados pelo PSB, legenda que já declarou apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com apuração do O Tempo, Pacheco recebeu convite formal do PSB em agosto, em articulação que teria contado com a participação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). Embora o senador ainda não tenha definido seu caminho, aliados destacam que a sigla poderia oferecer garantias de candidatura e palanque sólido para Lula em 2026.
Outro nome na mira do PSB é Alexandre Silveira, atual secretário-geral do PSD e considerado um dos quadros mais próximos do presidente. Apesar de afirmar que estará “onde Lula quiser”, o ministro tem demonstrado interesse em disputar uma vaga no Senado.
O presidente estadual do PSB em Minas, Otacílio Neto, confirmou que a legenda vê com “bons olhos” a chegada de Pacheco e Silveira e que o partido está “de portas abertas”. Segundo ele, a decisão final será alinhada com a direção nacional, comandada pelo prefeito de Recife, João Campos.
Apesar do assédio do PSB, fontes próximas a Pacheco avaliam que uma saída do PSD não é simples, já que o senador foi peça-chave para o fortalecimento da legenda em Minas. Além disso, pesa sobre o seu futuro a possibilidade de assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), caso o ministro Luís Roberto Barroso antecipe sua aposentadoria ainda este ano.
Enquanto isso, o xadrez político mineiro segue em aberto, com partidos se organizando para garantir protagonismo nas eleições de 2026.