
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a gerar polêmica ao afirmar que o Brasil está criando “verdadeiros chiqueiros humanos” nas cidades por omissão do setor público em relação às pessoas em situação de rua.
Em entrevista ao Roda Viva, Zema minimizou a gravidade social do problema e criticou organizações de direitos humanos, sugerindo que essas entidades deveriam abrir suas casas para abrigar os moradores de rua, que segundo ele, causam “perturbação e mau cheiro” em residências e comércios.
O governador também classificou grande parte dessa população como “dependentes químicos” ou pessoas que “perderam a noção da realidade”, reforçando a narrativa de que o Estado e a sociedade estariam negligenciando a questão.
Além disso, Zema tentou se desvincular de Jair Bolsonaro (PL), afirmando que nunca caminhou politicamente com o ex-presidente no primeiro turno das eleições de 2018 e 2022, e limitou o alinhamento a propostas liberais e cristãs.
Para o centro democrático, as declarações reforçam a visão de que o governo de Minas tem abandonado o patrimônio social e humano do estado, adotando uma postura de ataque a quem mais precisa, enquanto se distancia de políticas públicas efetivas e de compromisso com a proteção social.