
Em 2025, gastos da CDE ultrapassam R$ 49 bilhões e revelam um sistema opaco, politizado e insustentável. Sem transparência, brasileiros financiam políticas públicas por meio da fatura de energia.
O brasileiro está pagando mais por um serviço que entrega menos. A conta de luz, antes reflexo do consumo de energia, transformou-se em um canal silencioso de arrecadação. Em 2025, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) consumiu R$ 49,2 bilhões alta de 32,4% em um ano. Cerca de 48% da fatura é composta por impostos e encargos. A estrutura tarifária brasileira passou a bancar políticas públicas sem transparência, colocando o consumidor como pagador compulsório, sem alternativa ou escolha.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que deveria atuar como reguladora, tornou-se avalista de decisões políticas tomadas pelo Congresso. O mecanismo das bandeiras tarifárias, criado para alertar o consumidor, virou um jogo de azar: verde, amarela ou vermelha, a conta segue subindo. Mesmo em momentos de sobra de energia, os encargos garantem o aumento. E quem ainda não migrou para geração própria acaba financiando o sistema com um modelo de “Robin Hood às avessas”.
A solução está no telhado literalmente. Para especialistas como Guilherme Donabella, CEO da ESG Power, a adoção de energia solar em condomínios representa um movimento estratégico de autonomia e sustentabilidade. Além de baratear a conta, a geração distribuída fortalece a descentralização energética e desafoga o sistema tarifário. A previsão é de que o modelo atual caminhe para um colapso: quando não houver mais receitas extraordinárias para maquiar o déficit, o país enfrentará um “penhasco tarifário”. A hora de agir é agora.
Brasil no Centro – informação clara, posição firme.