
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou Brasília como um dos “piores lugares do mundo” em termos de criminalidade, durante o anúncio de um plano para endurecer o combate à violência em Washington D.C. A declaração, feita com base em dados do próprio governo americano, reacende o debate sobre a imagem internacional do Brasil e a incapacidade do país de reduzir de forma consistente seus índices de violência problema que atravessa governos e que segue sem solução na gestão Lula.
No pronunciamento, Trump exibiu um gráfico comparando a taxa de homicídios de Washington com a de várias capitais, incluindo Bagdá (Iraque), Cidade do Panamá (Panamá), San José (Costa Rica), Bogotá (Colômbia), Cidade do México (México), Lima (Peru), além de Brasília. Apesar de o republicano reconhecer que Washington tem uma taxa de homicídios 3,2 vezes maior que a da capital brasileira, o simples fato de Brasília estar na lista é simbólico: projeta o país como referência negativa em segurança pública.
Trump anunciou medidas drásticas para a capital americana, como o envio de centenas de soldados da Guarda Nacional, a colocação da polícia local sob controle federal e a substituição de juízes que, segundo ele, “liberam assassinos”. O discurso foi marcado por um tom agressivo e populista, mas que também revela algo incômodo para o Brasil: a violência urbana é um problema global e, por aqui, ainda não existe um plano nacional robusto para enfrentá-la.
Para o campo do centro democrático, a questão é clara: o governo Lula não pode seguir tratando a segurança pública como pauta secundária, enquanto o país se torna alvo de críticas internacionais. A ausência de políticas coordenadas entre União, estados e municípios, somada à fragilidade das fronteiras e à falta de investimentos em inteligência, mantém o Brasil vulnerável.
O fato de Brasília ser mencionada ao lado de cidades com histórico de conflitos armados e crises humanitárias mostra o tamanho do desafio. O centro democrático defende que segurança deve ser política de Estado, baseada em dados, planejamento e integração das forças, e não mais um item de disputa ideológica entre esquerda e direita.
Enquanto isso, o episódio dá a Trump munição para seu discurso e deixa claro que, no cenário internacional, o Brasil paga caro por não enfrentar de frente o crime organizado e a violência que se espalha das grandes capitais ao interior.