
A disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026 começa a se desenhar em meio a um cenário de alta rejeição aos principais nomes cotados. O vice-governador Mateus Simões (Novo) lidera o índice negativo: 64,6% dos eleitores afirmaram que não votariam nele “de jeito nenhum”, segundo pesquisa do Instituto Ver divulgada nesta segunda-feira (11). Apenas 9,3% disseram que votariam com certeza, enquanto 22,8% poderiam votar e 3,2% não souberam responder.
A rejeição a Simões, aliado e sucessor natural de Romeu Zema, coloca o grupo político do governador em posição delicada para a sucessão. Mas ele não é o único a enfrentar resistência expressiva. O senador Rodrigo Pacheco (PSD) tem rejeição de 55,2%, e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) aparece com 41,8%.
Entre outros cotados, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) registra 32,2% de rejeição, enquanto o ex-prefeito Alexandre Kalil (sem partido) é rejeitado por 44,9% dos entrevistados.
O levantamento, feito com 1.225 eleitores entre 2 e 6 de agosto, tem margem de erro de 2,8 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Os números indicam que, no segundo maior colégio eleitoral do país, nenhum dos nomes ligados diretamente aos polos da atual política seja ao bolsonarismo, ao grupo de Zema ou a figuras associadas ao governo Lula desponta com ampla aceitação. A alta taxa de rejeição generalizada aponta para um eleitorado cansado das mesmas disputas e à espera de alternativas capazes de romper com o impasse entre extremos que tem marcado o cenário nacional.