Artigo de Vinícius Lummertz analisa o legado de MDB e PSDB e propõe caminhos para a retomada do crescimento sustentável no Brasil
Se a política brasileira fosse julgada por resultados, e não por paixões, o debate seria outro. Entre erros e acertos — e com as necessárias mea-culpas —, nada superou, objetivamente, os feitos do MDB e do PSDB desde a redemocratização.
O Plano Real domou a hiperinflação, atraiu investimentos e consolidou um Brasil mais previsível. Sob Fernando Henrique Cardoso, vieram reformas estruturais: Lei de Responsabilidade Fiscal, privatizações estratégicas, autonomia operacional do Banco Central e marcos regulatórios sólidos.
Décadas depois, Michel Temer, em dois anos e meio, entregou um país com juros de 6,5% ao ano (reais de 2,5%), inflação controlada e reformas decisivas — Trabalhista, Teto de Gastos, Ensino Médio, Previdência Social e ajustes fiscais. Criou um ambiente viável para aumentar a produtividade e conter a ineficiência crônica.
O que temos hoje é o oposto: reformas interrompidas, instabilidade e perda de rumo. Para voltar a crescer de forma sustentada, é preciso retomar aquele caminho — e isso começa pelo reconhecimento de que ele existiu e funcionou. Negá-lo é perder a bússola; reconhecê-lo é reencontrar a direção.
Por isso, os dois partidos devem ser um só: MDSB.