
A crise diplomática com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não trouxe ganhos políticos imediatos para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo levantamento do Datafolha, o governo Lula segue com 40% de reprovação, 29% de aprovação e um cenário de estagnação nos índices de avaliação, apesar da retórica nacionalista adotada pelo Planalto.
Trump impôs um tarifaço de até 50% sobre produtos brasileiros, alegando perseguição judicial a Jair Bolsonaro e chegando a sancionar o ministro Alexandre de Moraes. Lula respondeu com ataques públicos, memes ufanistas e o discurso de que a soberania nacional estaria sob ameaça. Mas, segundo o Datafolha, a população não absorveu a estratégia como pretendido: 45% ainda acham que Bolsonaro é perseguido, e a percepção do governo continua travada.
A aprovação permanece concentrada em segmentos como os menos instruídos (42%) e eleitores do Nordeste (38%), enquanto a rejeição domina entre evangélicos (55%), sulistas (51%), classe média baixa (62%) e os mais ricos (57%). Para aliados do governo, o copo está meio cheio; para a oposição, meio vazio. Mas uma coisa é clara: o confronto com Trump ainda não virou capital político para Lula.
Brasil no Centro – informação clara, posição firme.