Eduardo Bolsonaro atua nos EUA por sanções contra o Brasil e admite exílio prolongado

Deputado federal defende tarifaço de Trump que prejudica o agronegócio, diz que pode passar décadas fora do país e condiciona retorno à saída de Moraes do STF

Eduardo Bolsonaro atua nos EUA por sanções contra o Brasil e admite exílio prolongado
Imagem da internet

Em meio ao agravamento da crise institucional envolvendo Jair Bolsonaro e seus aliados, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admitiu, em entrevista recente, que trabalha junto ao ex-presidente Donald Trump e parlamentares americanos para ampliar sanções econômicas contra o Brasil. O parlamentar afirmou que seu retorno ao país depende da saída do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), e que, caso não tenha “100% de vitória”, pode permanecer por décadas em “exílio” nos Estados Unidos.

As declarações de Eduardo causaram repercussão principalmente por ocorrerem no mesmo momento em que entra em vigor um tarifaço imposto pelo governo americano que pode custar ao Brasil até R$ 19 bilhões no PIB, segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar do impacto direto no agronegócio e em setores exportadores, Eduardo minimiza os danos e afirma que “há sacrifícios a serem feitos”.

O deputado também confirmou ter recebido R$ 2 milhões do pai, Jair Bolsonaro, durante sua estadia nos EUA, e garante que não renunciará ao mandato, mesmo com sua ausência do território nacional. Ao mesmo tempo, articula nos bastidores um eventual projeto presidencial em 2026, caso receba apoio do pai. “Ou tenho 100% de vitória ou 100% de derrota”, afirmou, ao condicionar sua volta à aprovação de uma anistia ampla e à destituição de Moraes do STF.

Enquanto o Brasil amarga prejuízos com a política de confrontos adotada por seus representantes, Eduardo Bolsonaro se mantém distante do Congresso, da realidade dos brasileiros e das consequências econômicas de suas ações.

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