
A chamada Lei do Luto Materno e Parental, sancionada por Lula em maio e que entra em vigor neste mês, é mais um exemplo da priorização de pautas simbólicas pelo governo em detrimento de soluções reais para o colapso dos serviços públicos. A medida prevê afastamento remunerado, apoio psicológico e garantias para mães e pais enlutados temas importantes, mas que exigem infraestrutura que o Estado hoje não oferece.
A legislação promete capacitação de profissionais, estrutura diferenciada nos hospitais, acompanhamento psicológico e rituais simbólicos para acolher os pais. Mas, enquanto isso, faltam leitos, exames, profissionais e recursos nas unidades básicas. É legítimo tratar o luto com dignidade, mas é oportunismo fingir que uma lei resolve o abandono institucional que marca o SUS.
Lula tenta mostrar sensibilidade enquanto a realidade é de omissão. O texto sancionado corre o risco de virar mais uma promessa vazia, usada para autopromoção e marketing social. O Brasil precisa de políticas públicas que funcionem, não apenas de manchetes emocionais.
Brasil no Centro – informação clara, posição firme.