
O Instituto Teotônio Vilela (ITV), presidido pelo deputado federal Aécio Neves, publicou uma análise contundente sobre a escalada de tensões entre Brasil e Estados Unidos, apontando que a polarização política conduzida por Lula e Bolsonaro colocou o país na rota de sanções comerciais, instabilidade diplomática e riscos econômicos concretos.
Em editorial publicado no Farol da Oposição, o ITV afirma que, diante da ameaça de sobretaxas por parte do governo norte-americano, esperava-se do governo brasileiro contenção e diplomacia. No entanto, o que se viu, segundo o Instituto, foi a ampliação do confronto: Lula abandonou a moderação para subir o tom em palanques ideológicos. Bolsonaro, por sua vez, tenta mobilizar uma retaliação contra o país em nome de seus próprios interesses, afirma o texto.
Diplomacia trocada por espetáculo
O ITV critica duramente a ausência de uma política externa técnica e alerta para o isolamento diplomático que se aproxima. O canal entre os presidentes do Brasil e dos EUA hoje é feito por redes sociais e provocações públicas. Isso é inadmissível para quem representa uma nação, diz o Instituto.
A postura de Lula, ao participar de eventos como a recente reunião no Chile ao lado de chefes de Estado da esquerda latino-americana, é citada como exemplo de provocação gratuita em um momento que exigia prudência.
Bolsonaro e o antinacionalismo de ocasião
Do outro lado, o ITV também aponta que Bolsonaro transformou sua agenda internacional numa plataforma de ataque às instituições brasileiras. A tentativa de usar Trump como escudo para escapar de investigações no Brasil é uma afronta à soberania nacional, diz o texto, referindo-se ao envio de recursos ao filho, Eduardo Bolsonaro, e ao incentivo para adoção de sanções contra o próprio país.
O centro como alternativa responsável
Segundo o Instituto presidido por Aécio Neves, apenas o centro democrático pode restabelecer os canais institucionais, recuperar a credibilidade internacional e proteger os interesses econômicos do Brasil. O povo brasileiro só tem a perder com essa escalada de agressões. A defesa da soberania não pode ser usada como bandeira eleitoral precisa ser feita com seriedade, técnica e responsabilidade.
Brasil no Centro – informação clara, posição firme.