Mais gasto, mais imposto, menos Brasil

Inflação persistente, endividamento das famílias e carga tributária sufocante expõem o fracasso do modelo econômico do governo Lula

Mais gasto, mais imposto, menos Brasil
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O deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) fez um alerta claro sobre os riscos do modelo econômico adotado pelo governo Lula. Para ele, a insistência em expandir os gastos públicos, mesmo diante do aumento da carga tributária e da reação popular ao novo IOF, revela uma convicção ideológica equivocada que tem aprofundado os desequilíbrios fiscais do país.

Segundo o parlamentar, o governo opera com a lógica de arrecadar mais para gastar mais e essa escolha tem custado caro ao Brasil. A inflação, especialmente a dos alimentos, pressiona as famílias, enquanto os juros seguem elevados sem conseguir conter os preços. Até maio, o IPCA acumulado em 12 meses já era de 5,32%, acima da meta estipulada para 2025.

Abi-Ackel aponta que, para bancar o aumento de gastos, o Executivo recorre a três vias: elevação de impostos, emissão de títulos públicos e, em último caso, expansão da base monetária. Todas as opções impõem custos diretos à sociedade. Atualmente, 27,2% da renda das famílias brasileiras já está comprometida com o pagamento de dívidas, reflexo direto da política econômica adotada.

O impacto também atinge os programas sociais. O valor mínimo de R$ 600 do Bolsa Família, corroído pela inflação, já perdeu metade de seu poder de compra desde o início do governo. O que deveria ser um alívio tornou-se apenas simbólico diante da alta de preços.

Na avaliação do deputado, o argumento de que o aumento de gastos impulsiona o crescimento é frágil. Ainda que, no curto prazo, haja algum estímulo à atividade, a demanda aquecida sem capacidade produtiva suficiente resulta em aumento de preços, não em crescimento real. Ele ressalta o efeito crowding-out: o gasto público afasta o investimento privado e reduz a eficiência econômica. Em termos práticos, o governo gasta R$ 1 e obtém de volta menos do que isso em crescimento do PIB.

A convicção de que o Estado pode ser o motor absoluto da economia é, para Abi-Ackel, o verdadeiro obstáculo a uma agenda de desenvolvimento sustentável. Enquanto isso, a inflação corrói salários, endivida famílias e pressiona a popularidade do governo e tudo indica que esse desgaste será crescente.

Brasil no Centro – informação clara, posição firme.