Michelle Bolsonaro trava disputa por marca “Bolsonaro Mito” e tenta explorar capital político

Ex-primeira-dama move processo no INPI para obter exclusividade da marca ligada ao ex-presidente, em mais um capítulo da mercantilização da política

Michelle Bolsonaro trava disputa por marca “Bolsonaro Mito” e tenta explorar capital político
Imagem da internet

Em uma tentativa de transformar capital político em ativo comercial, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deu entrada em um pedido no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para registrar a marca “Bolsonaro Mito”. A marca, fortemente associada ao bolsonarismo, foi solicitada para categorias que incluem cigarros, calçados, roupas e acessórios.

Michelle alega ter legitimidade por ser esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas a disputa ganhou contornos controversos. Empresários como Wagner Madureira, da “Bolsonaro Gestão de Marcas e Royalties do Brasil”, e Luiz Gustavo Deixum, do setor têxtil, também tentam registrar o nome. Enquanto a ex-primeira-dama acusa os rivais de oportunismo, o processo escancara a disputa pelo controle comercial de um sobrenome politicamente carregado.

O INPI já rejeitou parte das solicitações empresariais, mas o embate segue em análise. A iniciativa de Michelle integra uma série de registros ligados à sua imagem, como “MB Cosméticos” e “MB Vinhos”. Para críticos, a ação representa mais um episódio em que símbolos da política nacional são usados como mercadoria, afastando-se do debate público real para dar lugar à exploração comercial de slogans e mitos políticos.

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