
Apesar de ter declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 7,4 milhões em 2022 incluindo mais de R$ 5 milhões em previdência privada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a atacar eleitores das classes populares que escolhem candidatos de alto poder aquisitivo.
Durante um evento realizado em Osasco (SP), Lula afirmou:
“O que leva uma pessoa da periferia a votar num rico? É como colocar a raposa para cuidar do galinheiro.”
Na mesma fala, o petista reforçou uma narrativa que contrapõe “pobre versus rico”:
“O pobre fala que vai votar no prefeito que é rico porque ele não vai roubar. Ora, ele só é rico porque já roubou.”
As declarações ganham outro peso diante do perfil patrimonial do próprio presidente. De líder sindical a político profissional, Lula construiu uma carreira de décadas que o levou a acumular uma fortuna milionária. Em contraste com a realidade de milhões de brasileiros que enfrentam filas no INSS, o presidente possui investimentos em previdência privada um privilégio distante da maioria que diz representar.
A retórica de combate às elites parece não se aplicar à própria história do petista, que hoje desfruta das mesmas condições que critica. Para analistas, o discurso revela mais sobre a manutenção da narrativa populista do que sobre qualquer coerência entre fala e prática.
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