
Fernando Pimentel, atual presidente da Empresa Gestora de Ativos (Emgea), responde no Supremo Tribunal Federal a uma ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro, decorrente da Operação Acrônimo. O caso investiga supostos pagamentos de R$ 2 milhões em propina feitos pela montadora Caoa, ainda em 2012, quando Pimentel era ministro da Indústria e Comércio no governo Dilma.
Segundo a denúncia, o valor foi transferido a empresas ligadas a Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, apontado como operador de esquemas ilegais no entorno petista. Em troca, a montadora teria recebido benefícios no programa Inovar-Auto. A ação tramita em segredo de Justiça e passou por diversos tribunais até ser enviada ao STF, com base no novo entendimento sobre foro privilegiado.
A defesa do ex-ministro, feita pelo advogado Eugênio Pacelli, tenta trancar a ação com base na anulação de provas pelo TRF-1. Ainda assim, Lula nomeou Pimentel para presidir a Emgea, estatal ligada ao Ministério da Fazenda. O caso reforça o contraste entre o discurso de integridade do presidente e as escolhas feitas no exercício do poder.
Enquanto promete combater irregularidades, o governo mantém investigados em funções estratégicas. A permanência de Pimentel à frente de uma estatal sensível lança dúvidas sobre a seriedade com que a atual gestão trata os compromissos com ética e transparência.
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