
O Ministério da Educação informou que não conseguirá comprar todos os livros didáticos necessários para o ano letivo de 2026. Com apenas R$ 2 bilhões disponíveis, o governo decidiu priorizar apenas duas disciplinas: Língua Portuguesa e Matemática deixando de fora matérias como História, Geografia, Ciências e Artes no primeiro ciclo do ensino fundamental (1º ao 5º ano).
O restante dos conteúdos só será adquirido em uma segunda etapa, ainda sem data confirmada. Como muitos desses livros são consumíveis ou seja, não podem ser reutilizados , o risco é que alunos que ingressarem na rede pública no próximo ano simplesmente não tenham acesso aos materiais.
No ensino médio, a situação também é delicada. O MEC pretende adquirir 60% das obras agora e os 40% restantes apenas em 2026. A previsão é de atraso de até seis meses na entrega completa dos livros. Isso ocorre no momento em que o país tenta reverter a reforma do Novo Ensino Médio, retomando o modelo com livros separados por disciplina.
A única boa notícia é que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) terá aquisição garantida a primeira desde 2013. Ainda assim, a limitação orçamentária gera um cenário preocupante, com risco real de prejuízo pedagógico e desorganização no início do ano letivo em todo o país.