Zema entra na lista negra dos Bolsonaros e escancara o racha na direita

Depois de Tarcísio e Castro, agora é Romeu Zema quem sente o peso do rompimento com a família Bolsonaro. O governador de Minas foi publicamente atacado por Eduardo e passou a ser tratado como traidor da causa. No centro do conflito, a disputa por protagonismo no campo conservador, enquanto Bolsonaro segue inelegível.

Zema entra na lista negra dos Bolsonaros e escancara o racha na direita
Imagem da internet

A direita brasileira vive um processo de autofagia. O bolsonarismo, que já descartou Tarcísio de Freitas (SP) e Cláudio Castro (RJ), voltou suas críticas contra Romeu Zema (Novo), que agora também é acusado de “servir à elite financeira” após defender moderação e apontar os prejuízos causados pela atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.

A estratégia do bolsonarismo é clara: quem não adere 100% à linha dura, vira inimigo. E o isolamento dos ex-aliados não para aí. No Rio, Castro teve sua pré-candidatura ao Senado vetada. Em São Paulo, Tarcísio virou alvo direto do 03. Agora, é Zema quem entra na mira e justamente no momento em que se prepara para ser lançado como pré-candidato à Presidência da República.

Enquanto isso, o governador de Minas acelera a federalização da Codemig e da Codemge para tentar reduzir parte da dívida do estado com a União, medida que também gerou reação da oposição e dos sindicatos. Entidades como o Sindifisco-MG defendem que o estado poderia usar os dividendos das estatais que somaram bilhões sem precisar entregá-las à União.

Nesta quinta-feira, movimentos sociais organizam um evento contra a privatização da Cemig e da Copasa. A pressão popular cresce e o discurso liberal de Zema é colocado à prova num contexto de desgaste interno e perda de apoio dentro da própria direita.

A disputa pelo espólio do bolsonarismo deixa um rastro de ex-aliados descartados. E a pergunta que ecoa nos bastidores políticos é: quem será o próximo?

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