
A nova rodada do tarifaço imposta pelo governo de Donald Trump atingirá duramente o agronegócio brasileiro. Levantamento exclusivo revela que 82% das exportações do setor para os Estados Unidos nos primeiros seis meses de 2025 ficarão de fora das exceções concedidas pela Casa Branca. Apenas US$ 1,2 bilhão dos US$ 6,6 bilhões embarcados foram contemplados com a alíquota menor de 10%, enquanto os demais seguem sujeitos à sobretaxa de 50%.
Produtos emblemáticos como café, carne bovina, frutas, pescados, etanol, açúcar e cacau seguem sob a tarifa máxima. Do total de 789 NCMs exportadas ao mercado americano no semestre, somente oito foram poupadas entre elas, suco de laranja e celulose, graças à forte pressão de setores industriais dos EUA. O restante da pauta exportadora brasileira ao país segue prejudicada, agravando os riscos para a balança comercial e o setor produtivo nacional.
A maior surpresa foi a exclusão do café da lista de exceções, considerando que o Brasil é o principal fornecedor do grão e que cerca de 76% dos americanos o consomem diariamente. A expectativa de especialistas é de que, em futuras rodadas, haja revisão para produtos tropicais sem substitutos locais, como manga, cacau e o próprio café. Mas, por ora, o impacto é imediato e severo uma conta salgada que atinge diretamente a produção agropecuária brasileira.
Brasil no Centro – informação clara, posição firme.