
O Brasil registrou em junho um déficit em conta corrente maior do que o esperado, ampliando o sinal de desequilíbrio nas contas externas do país. Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (25), o saldo negativo das transações correntes foi de US$ 5,13 bilhões, acima da expectativa de mercado, que projetava um déficit de US$ 4,36 bilhões.
O número representa um agravamento em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o rombo foi de US$ 3,37 bilhões. No acumulado de 12 meses, o déficit em conta corrente atinge 3,42% do PIB.
Além do resultado das transações, os investimentos diretos no país também vieram abaixo do esperado: US$ 2,81 bilhões, contra US$ 6,27 bilhões registrados em junho de 2024. A queda reforça a preocupação com a atratividade do Brasil diante de um cenário fiscal e institucional cada vez mais instável.
A conta de renda primária teve um rombo de US$ 6,2 bilhões, enquanto a balança comercial apresentou superávit de US$ 5,29 bilhões — leve recuo em relação aos US$ 5,66 bilhões do mesmo mês do ano anterior.
O resultado de junho pressiona ainda mais o quadro macroeconômico do país, que já enfrenta dificuldades com baixo crescimento, incertezas fiscais e juros elevados. Para analistas, o desempenho das contas externas reforça a necessidade de políticas econômicas mais responsáveis e menos dependentes de soluções improvisadas.
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